Sónar Lisboa 2022: dançar até à última
O último dia do Sónar Lisboa, a 10 de abril, terminou no Pavilhão Carlos Lopes e no HUB Criativo do Beato com concertos, DJ sets, instalações e conversas. O Sónar by Day contou, novamente, com diversos nomes nacionais e internacionais.
Torres e Noia, fundadores da plataforma portuense XXIII, foram os primeiros a usarem a mesa de mistura neste dia. Seguiu-se o B2B de Pedro da Linha e RIOT, onde se ouviu a mistura de vários géneros musicais, tais como, house, kuduro, kizomba e tarraxo. Algo esperado de ambos, tendo em conta os seus trabalhos: Pedro da Linha no seu álbum Da Linha (2020) e RIOT desde os Buraka Som Sistema.
O primeiro concerto ficou a cargo de EU.CLIDES, onde mostrou algumas músicas novas e as do EP Reservado (2021). Os seus temas com ritmos calorosos e dançáveis até permitiram esquecer-se do frio que fazia lá fora. Ao mesmo tempo, o artista também consegue pegar em melodias mais calmas e acompanhá-las com a sua bela voz.
Já o B2B de Moullinex e Xinobi trouxe house, downtempo e nu-disco, o que foi bem recebido pelo público que começava a encher o Pavilhão aos poucos. Cerca de 1h30 onde ninguém arredou pé e dançou ao som das suas misturas.
Um dos melhores momentos deste dia e do festival, chegou com a dupla francesa Polo & Pan num live set, onde passaram os seus temas e os cantaram. Com o seu mais recente álbum, Cyclorama (2021), que teve mais presença na setlist, apresentaram a sua pop-eletrónica e electro-swing pela primeira vez em Portugal, algo que estavam bastante felizes por ser finalmente concretizado. O espetáculo também teve uma forte componente visual e de luzes, o que ajudou a torná-lo mais imersivo. Apesar de serem uma dupla, ao vivo fazem-se acompanhar por Victoria Lafaurie, que apareceu no palco em “Attrape-rêve”. A celebração continuou “Feel Good”, “Ani Kuni” e “Magic”.
Quase na reta final, Jayda G deu o set mais animado deste dia, realizado em vinil, sem um portátil à vista. Durante o espetáculo, a DJ e produtora apresentou diversos estilos musicais, como, disco, house e groove. Sempre divertida e a fazer a festa em cima do palco, foi a que conseguiu interagir da melhor forma com o público apenas com as músicas e sem dizer uma palavra. No alinhamento não faltou o remix de “Cool” de Dua Lipa, que faz parte de Club Future Nostalgia (2020) da cantora britânica.
A dupla Overmono, formada pelos irmãos Tom e Ed Russel, mostrou alguns dos géneros mais prominentes do Reino Unido nestes últimos desde garage, jungle e techno. A terminar o festival, estiveram as portuguesas Violet e Bleid num B2B que ainda chamou muitas pessoas a dançarem até às 2h da manhã.